A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV 2), alterou a vida das pessoas no mundo inteiro e impactou diretamente a atividade da cirurgia plástica. No Brasil, os estados e municípios decretaram medidas de isolamento social e realocaram os recursos médicos para cuidar dos doentes com covid-19. Em São Paulo, cidade em que trabalho, a maioria dos hospitais suspendeu o agendamento de cirurgias plásticas eletivas, ou seja, que não são emergência, como retirada de câncer de pele ou tratamento de queimadura, por exemplo. Mas há previsão para reabrir. Os hospitais estão aguardando a chegada materiais que aumentem a segurança dos procedimentos, como de testes imunológicos e teste rápido para covid e equipamentos de proteção em grande quantidade como máscaras N95, filtros especiais para os aparelhos de anestesia e aventais impermeáveis entre outros.
Cuidados redobrados Os cuidados serão redobrados para preservar a saúde dos pacientes, da equipe médica e dos funcionários do hospital. E para isso algumas medidas são recomendáveis: Para consultas médicas:
Agendamento espaçado para não haver aglomeração
Pontualidade do médico e pacientes
Disponibilização de álcool gel ja na entrada
Higienização rigorosa dos ambientes
Higienização de objetos como maçanetas e máquina de cartão entre cada consulta
Utilização de máscara sempre que necessário
Reagendar as consultas na presença de alterações respiratórias
Para cirurgia:
Postergar o procedimento se houver sintomas respiratórios
Adiar cirurgia de pacientes em grupo de risco (idade superior a 60 anos, diabetes, hipertensão arterial e doença respiratória entre outros)
Isolamento mínimo de 7 dias antes da cirurgia
Realizar teste de coronavírus nos casos pertinentes
Evitar procedimentos longos, com mais de 4h de duração e cirurgias combinadas
Testar e afastar os membros da equipe médica quando necessário
Preferir os hospitais só de cirurgia plástica, que são considerados "corona free"
Realizar quarentena domiciliar após a cirurgia
Esse texto foi escrito em 19/04/20 baseado nas melhores e mais recentes informações disponíveis, mas a todo momento surgem novos estudos que norteiam o posicionamento dos órgãos de saúde e da comunidade médica. Então devemos ficar atentos, pois tudo pode mudar rapidamente.
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