O câncer de mama é atualmente o mais comum dos cânceres entre mulheres (exceto os tumores de pele do tipo não melanoma) de acordo com o INCA.
A reconstrução mamária é parte fundamental do tratamento integral do câncer de mama, tendo como principal objetivo a reabilitação completa das pacientes.
Tanto o tratamento do câncer de mama como as cirurgias redutoras de risco (realizadas em pacientes de alto risco) causam deformidades mamárias que são reconstruídas com o auxílio da cirurgia plástica.
Há basicamente 3 tipos de cirurgia para o tratamento do câncer de mama. As ressecções parciais, como quadrantectomias e setorectomias, que são indicadas para pacientes com tumores pequenos e mamas com tamanho suficiente para retirar a lesão com margem de segurança e a remodelar o restante da mama. Nesses casos utilizamos técnicas de mamoplastia para rearranjar o tecido mamário, recriando mamas de volume menor do que o original, mas com forma e posicionamento adequados. As mastectomias removem toda a glândula mamária, parte da pele e o complexo aréolo-papilar/bico do seio.

A reconstrução é tradicionalmente realizada em no mínimo 2 etapas. Na primeira etapa devolvemos volume a mama operada através de implante de silicone, expansor tecidual ou retalho. Na segunda etapa operamos a outra mama, com o intuito de simetrizar, ou seja, deixar ambas as mamas com tamanho e forma parecidos. A reconstrução do mamilo, aréolas e possíveis retoques são realizados no terceiro tempo cirúrgico. E por fim, as cirurgias redutoras de risco, ou adenomastectomias, realizadas em pacientes com alto risco para o desenvolvimento de câncer de mama, como as pacientes portadoras de mutações genéticas ou aquelas com forte histórico familiar de câncer de mama. Nesse caso a inclusão de implantes de silicone costuma ser o indicado.